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Anestesiologia e Controle da dor

​A Anestesiologia é sem dúvida a especialidade veterinária mais misteriosa e também a com mais mitos. O mistério e os mitos da anestesia se justificam pela capacidade que essa especialidade tem de colocar um indivíduo em sono ao mesmo em tempo que se faz o bloqueio da dor. Mais facinante ainda acontece nas anestesias regionais (ex: peridural), em que o indivíduo acordado tem uma região do seu corpo insensibilizada.

É inevitável para a mente humana a não associação desse estado de inconsciência com a proximidade da morte e isso explica o grande medo que a maioria dos proprietários sentem ao autorizar um procedimento anestésico. Entretanto é importante desmistificar e esclarecer aos proprietários, que o procedimento anestésico não é livre de riscos mas é extremamente seguro quando realizado por profissionais qualificados, que elaboram um protocolo anestésico personalizado para cada paciente baseado em avaliações clínica e laboratorial pré-operatória. Durante o procedimento anestésico, é também muito importante a utlização de equipamentos de monitorização dos sinais vitais do paciente. Esses equipamentos auxiliam o anestesista a identificar e a corrigir precocemente complicações que possam surgir. Estudos veterinários relatam que a taxa de mortalidade durante o procedimento anestésico varia de 0,11% a 1,13%.

O Dr. Marcus Falcão, diretor clínico do Hospital Veterinário da Bicuda, esclarece que: "Felizmente com o avanço das técnicas e drogas anestésicas, é muito raro pacientes falecerem durante o procedimento. Anestesiamos rotineiramente animais em estado crítico, que muitas vezes acabam falecendo mais tarde devido a gravidade das suas patologias, entretanto esses animais conseguem passar brilhantemente pela anestesia".
Para aumentar ao máximo a segurança no procedimento anestésico, a equipa do Hospital Veterinário da Bicuda segue a seguinte metodologia:
 
1) O cliente responde a um inquérito pré-anestésico para que possamos conhecer melhor o historial do nosso paciente.
 
2) Realização de um exame clínico no paciente.
 
3) Realização de exames comlementares que são determinados de acordo com o historial e condição clínica do paciente. Podem fazer parte dessa avaliação: Hemograma, Bioquímicas Séricas, Medição da Pressão Arterial, Radiografias, Eletrocardiograma, Ecocardiografia, Ecografia entre outros.
 
4) Elaboração de um protocolo anestésico e analgésico personalizado que deve se basear no historial do paciente, na sua condição clínica e também deve ser coerente com o procedimento cirúrgico a ser realizado.
 
5) Monitorização anestésica durante todo o procedimento. O equipamento monitora em tempo real a frequência cardíaca, o traçado eletrocardiográfico, a saturação de oxigênio, a  fração de CO2 expirado, a pressão arterial, a temperatura corporal e a frequência respiratória.